Sondagem da NACD mostra liderança executiva, finanças e tecnologia como as experiências predominantes em conselhos
Nas 3 mil companhias americanas com maior valor de mercado medidas pelo índice de ações Russell 3000, o recrutamento de conselheiros de administração continua priorizando habilidades profissionais ‘clássicas’. As informações são do relatório Fit for the future: an urgent imperative for board leadership, da Associação Nacional de Diretores Corporativos (NACD, na sigla em inglês).
Segundo o levantamento, entre 2018 e 2019, as habilidades predominantes dos novos conselheiros de administração nas companhias que compõem o índice foram lideradas por experiências em liderança executiva (62%), finanças (40%), tecnologia (25%), investimentos (20%), recursos humanos e desenvolvimento de talentos (3%), cibersegurança (2%) e empreendedorismo (2%). No mesmo período, o levantamento apontou que a idade média dos conselheiros das empresas que compõem o indicador é de 57 anos. Deste total, 77% estão em sua primeira experiência em conselhos.
Mais diversidade
Quando comparada a quantidade de mulheres conselheiras nas companhias analisadas, a fatia cresceu de 26% em 2018 para 34% em 2019.
Já entre conselheiros não caucasianos a participação passou de 9,7% em 2008 para 14% em 2018, de acordo com dados do The CLS Blue Sky Blog. Ainda assim, apenas 10% dos conselheiros pertenciam a minorias raciais ou éticas, sem considerar as mulheres.
O documento ainda cita como dinâmica de mudança dos negócios atuais as transformações demográficas e do trabalho, mudanças digitais tecnológicas exponenciais, aumento da instabilidade geopolítica, avanço do ativismo e de exigências por parte dos investidores, mudanças climáticas, aumento do ativismo social e a hiper transparência das mídias sociais. O relatório alertou conselheiros a atender às demandas de uma realidade operacional fundamentalmente diferente, reformulando a maneira como o conselho pensa, opera e interage com os negócios.