Conselho aberto e amistoso: conheça a jornada de governança da Hapvida

Webinar analisa o recente caso da abertura de capital da operadora de planos de saúde cearense

  • 26/05/2020
  • Equipe IBGC
  • Eventos

De sua fundação até seu ingresso no segmento do Novo Mercado da B3, a companhia cearense de planos de saúde Hapvida Participações colecionou importantes aprendizados sobre governança. Para detalhar seu recente acesso a um dos grupos de empresas com as melhores práticas de governança do país, o IBGC Conecta de quinta-feira (21 de maio) conversou com o conselheiro da empresa Wilson Carnevalli Filho, o diretor de Governança e Riscos, Rafael Portela, e o vice-presidente de Assuntos Estratégicos, Gustavo Barros de Oliveira. A mediação e curadoria do webinar foi do coordenador do Capítulo Ceará do IBGC e consultor, Ênio Arêa Leão.

O negócio que teve início em um consultório médico particular em 1979, sete anos depois foi ampliado por meio da fundação de um hospital. Em 1993, seus fundadores criaram ainda a operadora de saúde Hapvida, em Fortaleza, contou Oliveira. “O grupo ganhou mais uma atuação em 1998, com o surgimento do Hapvida +Odonto, seguida pela expansão do negócio para outros estados da região Norte e Nordeste, em 1999”, citou.

Apenas no ano seguinte, nos anos 2000, a companhia criou seu primeiro conselho de administração, formado por sócios e executivos externos, de acordo com Portela. O ex-presidente da empresa na época, Candido Pinheiro, passou para a presidência do colegiado, enquanto um de seus filhos assumiu a presidência executiva do grupo, Jorge Pinheiro. O outro herdeiro, Candido Júnior, ficou responsável pelas áreas comercial e de relacionamento.

Atualmente, a holding concentra 39 hospitais, 42 pontos de pronto atendimento, 194 clínicas médicas, 177 centros de diagnóstico por imagem e coleta laboratorial, seis operadoras de planos de saúde, uma holding de Tecnologia, mais de 30 mil colaboradores, 15 mil médicos, 15 dentistas e 6,5 milhões de clientes.

“A história das organizações é repleta de decisões críticas, elas fazem e fizeram a diferença na Hapvida”, disse Carnevalli. Para ele, a unificação da gestão da empresa nos anos 2000 ajudou a fortalecer o grupo, com uma ideia clara de enriquecer os processos de tomada de decisão e os temas estratégicos em uma empresa familiar. “Um comando único, mas com voz para todos envolvidos no processo por meio de um conselho, foi de uma engenhosidade grande na época”, contou. 

Ele explicou que até hoje a companhia trabalha com uma dinâmica muito aberta no conselho, um ambiente amistoso, de ataque, mas também de defesa, em que os executivos não se sentem acuados ou limitados no colegiado. “O clima é de cobrança, mas principalmente de cooperação”, explicou.

Sobre o desempenho do grupo diante da experiência de preenchimento do informe de governança, Oliveira sublinhou sua importância no auxílio da identificação dos níveis de governança da empresa ante as referências do mercado. “Um benefício desse esforço foi o estabelecimento do regimento interno da diretoria estatutária e do conselho, o que acabou ajudando no dia a dia corporativo, sem dúvidas”, garantiu. “Nesse caso, o investimento da empresa foi apenas de dedicação da equipe de governança em implementar rotinas e documentos de governança, mais do que investimento em sistemas ou outros”, completou. 


Acompanhe o webinar na íntegra:

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