Veia empreendedora de empresa familiar favorece inovação

Colegiado precisa estar atento às novas tecnologias e mudanças de comportamento da sociedade

  • 18/06/2019
  • IBGC
  • Encontro de Conselheiros
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Ana Karina Dias, presidente do conselho de administração do Banco BMG, será uma das palestrantes do  Encontro de Conselheiros do IBGC. O evento ocorre no dia 24 de junho, em São Paulo

Para liderar a inovação, os conselhos de administração precisam estar em constante transformação. A situação não é diferente nas empresas familiares, que também enfrentam desafios para garantir a longevidade dos negócios. Segundo a presidente do conselho de administração do Banco BMG, Ana Karina Dias, o conselho precisa renovar sua visão sobre o negócio, que é impactada por tecnologias digitais e startups disruptivas, e estar atento às mudanças que acontecem na sociedade. “O conselho não pode ficar apenas no papel de supervisor da direção executiva. Ele é o coração da governança e tem um papel importante no alinhamento das estratégias de inovação de toda a companhia”, afirma Ana, que será uma das palestrantes do 7º Encontro de Conselheiros do IBGC, que acontece no próximo dia 24 de junho, em São Paulo, sob o tema “Conselhos que transformam”.

As empresas familiares têm características que podem ser diferenciais importantes em um mundo disruptivo. As famílias empresárias tendem a ser bastante empreendedoras e mudanças nas estratégias do negócio podem ocorrer de forma mais rápida. Neste contexto, o conselheiro também deve inovar nos temas que estuda, nas questões que traz para discussão no colegiado e nos especialistas que consulta. “O board precisa acompanhar todos os movimentos do mercado e avaliar de que maneira a inovação pode agregar valor para a empresa. O conselho precisa desafiar o CEO e a diretoria por uma inovação contínua”, de acordo com a executiva.

Segundo Ana, o conselho de administração tem papel importante para estimular a veia empreendedora da família empresária. Com o avanço das gerações, os grupos tendem se tornarem mais conservadores e acabam perdendo a postura de inovação. “As famílias passam a ter maior aversão a risco”, conta. 

Para ela, a transformação está acontecendo no comportamento das pessoas e as novas gerações têm valores e demandas diferentes. Os jovens não se contentam apenas em conhecer produtos e serviços, mas estão atentos às atitudes e posturas das empresas. Ética, diversidade, inclusão e preocupação socioambiental nas atividades das companhias se tornaram itens relevantes nas decisões de consumo. Esse posicionamento mais ativista também teve impacto no ambiente interno das empresas.

Os jovens buscam empresas com propósito e querem um ambiente profissional que possibilite o desenvolvimento do seu potencial. “Se a empresa não se renova constantemente, pode perder os melhores talentos e deixar escapar a inovação”, explica a presidente do conselho do BMG. Na visão da executiva do BMG, o presidente do conselho de administração tem papel importante na gestão da inovação, pois leva a discussão sobre transformação para o conselho de acionistas ou conselho familiar e faz a interface com a diretoria executiva. Na empresa familiar, o conselho consegue um maior alinhamento entre os acionistas e o CEO, que tem mais segurança e incentivo para implementar os planos de inovação. “Se a empresa tiver uma boa governança, as decisões podem ser mais ágeis e menos burocráticas”, acredita.

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