Transformação centrada no consumidor

Especialistas debatem novas expectativas do mercado durante o 7º Encontro dos Conselheiros do IBGC

  • 24/06/2019
  • IBGC
  • Encontro de Conselheiros
backgroundImageAlt1

Evento foi realizado na segunda-feira (24 de junho), em São Paulo. Crédito: Hara Fotógrafo

O relacionamento com cliente é a nova regra. “As expectativas do consumidor mudaram e o cliente quer uma nova experiência”, afirmou o CIO do Itaú Unibanco, Ricardo Guerra, durante o painel De que transformações estamos falando?, no 7º Encontro dos Conselheiros do IBGC.

O redirecionamento das estratégias do negócio não é algo trivial, pois mudam as maneiras como as empresas pensam o desenvolvimento de produtos e serviços e a solução de problemas. “A tecnologia é o menos importante. A dificuldade é mudar a cabeça das pessoas, o mindset e a cultura”, completou Guerra.

Pesquisa global realizada pela Gartner, em 2018, mostrou que 46% dos CIOs responderam que a cultura é a maior barreira no processo de transformação digital. No Brasil, esse número salta para 64%. Para enfrentar o desafio de mudar a cultura organizacional, o country manager da Gartner Brasil, César Velloso, recomenda que as mudanças sejam feitas de forma fragmentada, em pequenas ações. 

Velloso compara a cultura como uma caixa pesada. A mudança é possível com pequenos movimentos que acontecem de forma continuada. Entre esses “hacks” estão reuniões constantes para discutir novas estratégias, celebrações de falhas e erros, decisões mais ágeis, compartilhamento de decisões, entre outras. De acordo com ele, nos próximos anos, os CIOs serão tão responsáveis pela mudança cultural quanto os diretores de Recursos Humanos.

Inovação disruptiva e novos modelos de negócio

O questionador e pesquisador de ideias que mudariam o futuro desde os anos 90, o americano Kip Garland contou sobre o início de sua carreira como professor de Física e investidor no Vale do Silício. Diretor da InnovationSEED, ele falou de novas abordagens para a criação modelos de negócio, solução de sucesso em países como China e Brasil, além de debater a definição de conceitos de disrupção com o público do evento. 

Para Garland, que também atua como coordenador do curso de Inovação para Conselheiros do IBGC, regras de gestão essenciais, como as voltadas para melhorar lucratividade, oferecer produtos melhores e melhorar vida do cliente, são vulneráveis diante do processo de disrupção. Ele também defendeu a importância de pensar no consumidor potencial (que ainda não é cliente). Segundo o executivo, a definição de sucesso das empresas, que não está trelado ao lucro, puxa o futuro dos negócios. "Como as mudanças mudarão a minha empresa no futuro e o que eu preciso mudar para chegar lá?", questionou.

Garland apontou ainda três tecnologias essenciais do futuro: chips, internet e celular. "A questão essencial não é a mudança de mindset dos funcionários, mas a criação de ferramentas para chegar ao futuro. O conselho deve compreender essa dinâmica", completou.

Por fim, um painel de perguntas e respostas mediado pela vice-presidente do conselho de administração do IBGC, Leila Loria, esclareceu questões apresentadas pela plateia.  

O 7º Encontro de Conselheiros é uma iniciativa do IBGC e tem o patrocínio da B3, KPMG, Bradesco e Itaúsa, além do apoio da Mediastream e do WomenCorporateDirectors (WCD).

Confira as últimas notícias do Blog do IBGC