“Qualidade do relacionamento com funcionários é ativo estratégico para as empresas”, alerta Jeffrey Pfeffer

Em encontro com associados do IBGC, professor de Stanford fala dos efeitos práticos do trabalho de alto desempenho nos resultados financeiros das empresas

  • 16/09/2019
  • Mayara Baggio
  • Eventos

“Uma escala de valor envolvendo os recursos humanos das companhias figura como potencial ativo financeiro para as empresas”, defendeu o professor doutor norte-americano Jeffrey Pfeffer em encontro com associados e convidados do IBGC na última semana, em São Paulo.

Reconhecido por suas pesquisas nas áreas de gestão e recursos humanos, Pfeffer afirmou que um estudo com cem empresas alemãs, de dez setores industriais distintos, constatou que as companhias com maior foco nos funcionários obtiveram um retorno financeiro para acionistas maior do que aquelas que não despendiam atenção aos times. As empresas focadas em suas equipes também criaram mais empregos. Em outro exemplo, ele contou que uma pesquisa com 129 empresas coreanas apontou que as organizações com maior comprometimento organizacional com seus funcionários também tiveram maior retorno financeiro.

Na avaliação sobre a relação que as práticas de recursos humanos podem ter na sobrevivência de IPOs (oferta pública inicial de ações, na sigla em inglês) das empresas, Pfeffer observou a importância da existência de um executivo responsável pelo setor de Recursos Humanos, funcionários com trabalho em tempo integral, citação de funcionários como ativo estratégico, qualidade na relação com funcionários, desenvolvimento de escalas de recompensa, plano de ações para todos os funcionários ou só para a gerência, participação nos lucros para todos os funcionários ou apenas para a gerência e outros incentivos para funcionários ou para a gestão.

O professor indicou ainda como práticas de gestão de alto desempenho ações como execução de práticas que envolvam segurança e compromisso mútuo no trabalho, por parte do empregador e do funcionário, um recrutamento seletivo de adequação à cultura e valores corporativos, não apenas à função a ser desempenhada na empresa, além de um investimento sustentável e substancial em treinamento e desenvolvimento de habilidades para as equipes.

Pfeffer é bacharel e mestre pela Universidade Carnegie-Mellon e doutor por Stanford. Ele começou sua carreira na escola de negócios da Universidade de Illinois, com passagens pela Universidade da Califórnia, em Berkeley. Foi professor visitante na escola de negócios de Harvard, na Singapore Management, na London Business School, na Copenhagen Business School, e na IESE.

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