No dia 22 de junho, o IBGC participou do painel “Melhor governança corporativa para uma economia mais eficiente no Brasil” em que foram apresentadas avaliações recentes sobre as empresas estatais, direitos dos acionistas minoritários e ESG. No encontro, realizado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e o Governo Federal, o instituto foi representado pelo seu vice-presidente do conselho de administração, Leonardo Pereira.
Entre os pontos considerados durante a sessão, houve o reconhecimento do avanço significativo na governança de estatais no Brasil e Leonardo Pereira reforçou a importância da governança para a sociedade como um todo. Ao analisar a evolução das estatais ao longo dos anos, ele destacou que quase 65% delas têm estrutura de auditoria interna e 90% já possuem uma área dedicada à gestão de riscos. O conselheiro mencionou a influência do informe “Pratique ou Explique” do Código Brasileiro de Governança de Empresas Abertas e reforçou a importância da Lei das Estatais e da necessidade de considerar a qualificação entre conselheiros, que também é prevista por essa norma.
O representante do IBGC ainda discursou sobre o tema da sustentabilidade nas organizações passando por temas como: direitos humanos, meio ambiente, inclusão e diversidade: “Apesar de ser muito discutido, o tema sustentabilidade está apenas no princípio de uma jornada e há uma estrada a ser percorrida”.
Debateu-se também no evento os principais resultados do relatório da OCDE “Políticas de Sustentabilidade e Práticas de Governança Corporativa no Brasil”, e como o País e o Reino Unido têm regulamentado as questões de sustentabilidade. O seminário levantou pontos importantes sobre as metas não-financeiras, dando um grande enfoque para a governança social e ambiental, bem como ações do governo.
Além do vice-presidente do conselho de administração do IBGC, participaram como painelistas da sessão: Carmine Di Noia, diretor da OCDE para assuntos financeiros e empresariais; Flávia Perlingeiro, presidente em exercício da Comissão de Valores Mobiliários (CVM); e Pedro Cahlman de Miranda, secretário de política econômica do Ministério da Economia; Ricardo Faria, secretário de Governança das Empresas Estatais. O moderador foi Caio de Oliveira, analista político da OCDE.