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Blog IBGC publica uma série de entrevistas com os coordenadores-gerais de capítulos e núcleos IBGC de todo o Brasil, para que sejam conhecidos os ecossistemas e os principais desafios de governança em suas respectivas áreas de atuação.
Desta vez, o bate-papo é com Antonio Bizzo, que atuou como coordenador-geral do Capítulo Brasília/Centro-Oeste até o dia 28 de março, quando foi
eleito conselheiro de administração do IBGC. A partir de agora, o coordenador-geral do capítulo é Cláudio Timm, acompanhado pelos coordenadores Arthur Bueno Ferreira, Cristhiane Brandão Corrêa dos Santos, Fernando Soares e Glauben Teixeira, sendo os estados de abrangência: Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Tocantins. Acompanhe!
Blog IBGC: Como você enxerga o ecossistema de negócios e os desafios de governança na área de atuação do capítulo?
Antonio Bizzo: O capítulo, na sua jurisdição atual, engloba um ecossistema de negócios bastante diverso e disperso, já que engloba o Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Tocantins. Ou seja, temos empresas e negócios de naturezas bastante diversas, mas com dois grandes grupos com peculiaridades marcantes, que é o setor estatal, notadamente as empresas de economia mista e públicas do DF, bem como as empresas privadas de portes diversos diretamente ligadas ao agronegócio espalhadas por todas as regiões.
Aplicando um olhar mais atento a esse ecossistema, temos também um número bastante expressivo e diversificado de médias e grandes empresas familiares, espalhadas por todo o Centro-Oeste, atuando em setores distintos do agronegócio, como médico-hospitalar, construção civil e incorporações, indústria de transformação, distribuição e logística, varejo, tecnologia e muitos outros.
E focando um pouco mais, temos o setor cooperativo, que é fortíssimo no Centro-Oeste, sejam as cooperativas de mercadorias ou de produtos e serviços financeiros, crescendo a olhos vistos e demandando governança cooperativa. Fora isso, temos com sede no DF um número altamente significativo de federações, confederações e associações de classe que defendem interesses de empresas e setores econômicos espalhados por todo o Brasil. Além disso, temos conselhos federais profissionais diversos, vários entes reguladores, órgãos de controle federais, poderes legislativo, judiciário e executivo federais, dentre outros.
Quais os desafios de governança na área de atuação do capítulo, para ampliar o seu alcance e a disseminação da governança?
Creio que em primeiro lugar a enormidade da jurisdição territorial, com grandes distâncias de deslocamento, somados à diversidade de realidades e maturidade de governança nas empresas e entidades potencialmente interessadas ou que necessitam aprimorar a governança.
Não basta o IBGC ser a casa da governança no Brasil, instalado em São Paulo (SP), para que a vocalização e a influência sejam efetivas em todos os rincões do Brasil. É preciso atuar localmente com base em contatos presenciais, eventos, cursos, mídia regional, e parcerias com atores locais relevantes que possam disseminar a comunicação do instituto.
Quais as principais agendas a serem priorizadas em 2024?
Nosso foco é aproximar do IBGC o associado da região, a comunidade empresarial e potenciais entidades parceiras, primordialmente através da realização em várias cidades da região de eventos, encontros e reuniões presenciais, notadamente no DF, GO e MT, que são as regiões onde temos mais densidade e potencial de crescimento.
Como exemplo, temos planejado, já com datas definidas, um grande seminário em Brasília (DF), fóruns de famílias empresárias em Goiânia (GO) e Cuiabá (MT); bem como eventos de networking nessas três capitais, e várias visitas técnicas a empresas e organizações do DF, GO e MT, todos presenciais.
Adicionalmente, estamos focando muito no desenvolvimento de parcerias, dando seguimento ao sucesso que obtivemos nessa frente no ano passado, quando realizamos mais de uma dezena delas com entidades e organizações que impulsionam a mensagem do IBGC e nos auxiliam a realizar eventos e encontros.
Como a governança pode gerar valor para os associados e para o ecossistema de negócios da região?
Podemos dizer que, no geral, o Centro-Oeste do Brasil é um céu azul para a implementação de boas práticas de governança corporativa.
Com exceção de algumas empresas da região, tanto do setor estatal, como do setor privado, que se destacam nacionalmente e nos parece terem já capturado parte importante do valor gerado pela implementação das boas práticas da governança corporativa, a imensa maioria ainda carece de entendimento, diagnósticos e de implementações básicas.
O valor gerado pela governança é tanto para as empresas, como para os agentes de governança no geral e nossos associados. Para as empresas, através dos impactos positivos na melhoria da gestão, do gerenciamento de riscos, do relacionamento com seus stakeholders relevantes, dentre vários outros benefícios que derivam da implementação das melhores práticas.
Para os agentes de governança e nossos associados, o entendimento adequado, conceitual e do que é a governança corporativa na sua extensão, por si só já os habilita a melhor desempenharem os seus papéis, e assim capturar os benefícios daí decorrentes.
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