Gestão de pessoas é prioridade no IBGC

Acordo de não-demissão e rápido rearranjo das rotinas ao teletrabalho são destaques entre as ações do RH durante a pandemia

  • 16/09/2020
  • Ana Paula Cardoso
  • Bate-papo

Uma governança corporativa melhor para uma sociedade melhor é o propósito do IBGC. E em um dos momentos mais delicados pelo qual passou o instituto ao longo de seus 25 anos, pode-se dizer que esses valores serviram de alicerce. Diante das incertezas e necessidade de isolamento, efeitos da Covid-19, prevaleceu o cuidado com as pessoas. “Logo no início, quando tomamos a decisão de esvaziar o escritório e trabalhar de casa, tínhamos somente uma certeza: valorizar as vidas humanas”, contou Janaína Cavalcanti, gerente de Recursos Humanos do IBGC. Neste bate-papo a gerente, que há 19 anos anos trabalha no instituto, contou como foi reorganizar as atividades para adequá-las ao cenário configurado pela crise sanitária.

O foco nos colaboradores não é figura de retórica. Entre os resultados desta gestão de pessoas afinada com as boas práticas de governança corporativa, destaca-se o acordo - cumprido – de não demitir ninguém. Sem contar a mobilização dos fornecedores de assistência de saúde para dar todo o apoio de ordem médica e psicológica a quem trabalha no IBGC. Janaína também falou de como estão os preparativos para o futuro. Mesmo ainda sem muitas informações precisas, a certeza inicial prevalece: a gestão de pessoas continua no topo da lista de prioridades. Confira na entrevista a seguir.

IBGC: Como foi deparar-se com a realidade de que seria preciso trabalhar de casa?

Janaína Cavalcanti: A primeira coisa que pensamos foi: como deixar 76 pessoas (número de colaboradores do IBGC) em casa com saúde e qualidade de vida? O IBGC já tinha algumas pessoas em teletrabalho e, portanto, havia uma política construída para este tipo de atividade, mas não todos os dias. E não em um cenário tão novo como o de uma pandemia. Entramos com 100% da equipe em teletrabalho no dia 16 de março, uma segunda-feira. Na quinta e sexta-feira anteriores, nos reunimos com todos os gestores para definir a estratégia de segurança de nossos colaboradores, associados, fornecedores e terceirizados.

E como foi, na prática, reorganizar o trabalho?

A primeira coisa que fizemos foi zelar pela segurança dos colaboradores, evitando a circulação. Depois, estruturamos a possibilidade de os colaboradores levarem para casa equipamentos de trabalho, como cadeiras e computadores, porque era preciso garantir o mínimo de conforto e condições às pessoas em suas casas. Logo após esvaziarmos o escritório, chamamos a empresa terceirizada que cuida da limpeza para fazer uma higienização completa do espaço. O ar-condicionado também foi limpo. Ainda tínhamos pessoas de TI, por exemplo, que precisariam ir até o escritório. Deixamos o local de trabalho desinfectado e apto a receber as pessoas. 

Após seis meses de teletrabalho, qual balanço você faz deste processo?

O mais importante foi conseguirmos fazer um acordo de não-demissão. Mantivemos o quadro de colaboradores, sem precisar fazer nenhum desligamento. Tiramos deste processo a  capacidade de se adaptar, a flexibilidade de nossos gestores, fornecedores, e todas as partes envolvidas. Transparência, equidade, prestação de contas e responsabilidade corporativa são os pilares das melhores práticas de governança e o IBGC mostrou que sabe fazer o que recomenda. Conseguimos, através de negociações com os envolvidos, adaptar todo sistema de trabalho. O ponto eletrônico, por exemplo, não é possível e o horário de trabalho têm sido controlado direto com gestor. Flexibilizamos hora de almoço, pois sabemos que, em casa, as pessoas precisam preparar suas refeições e, em muitos casos, alimentar os filhos. Nossos fornecedores de medicina do trabalho e plano de saúde nos auxiliaram com protocolos de higienização e com orientações para cuidar da saúde física e mental do colaborador. Nos dois únicos casos de Covid-19 na equipe, disponibilizamos transporte e toda a assistência. 

E o maior aprendizado para você como gestora de RH?

Não ter contato com as pessoas é a parte mais delicada. Em compensação ficou a quebra de paradigma: se algum gestor ainda tinha dúvida sobre se o teletrabalho renderia, agora temos a certeza de que as pessoas acabam muito mais comprometidas. Acredito que, principalmente em um momento de perdas de vidas e de empregos no mundo inteiro, a valorização do trabalho e do ser humano feita pelo IBGC trouxe a recompensa: pessoas passam a se dedicar muito mais e a produtividade aumenta quando se sentem valorizadas e cuidadas.

Como vai ser a volta? Já se pensa nisso?

Diariamente me perguntam isso e eu digo: ainda não tenho detalhes. Provavelmente até o fim deste ano permaneceremos com o teletrabalho. Na volta no ano que vem, ainda sem data prevista, já estamos discutindo com alguns agentes de saúde sobre normas de protocolo de higienização. Também já fizemos um plano de adequação de nosso escritório, incluindo disposição do mobiliário. No plano de retomada, daremos a opção de manter o home-office, caso prefiram, aos pais com filhos em idade escolar, pois as escolas estão em formato on-line. A mesma opção mesmo se aplica àqueles que moram com pessoas do grupo de risco.  E quanto aos próprios colaboradores do grupo de risco, a princípio continuariam trabalhando de casa.

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