Remuneração de conselheiros cresce 27% em 2019

Destaque no Portal do Conhecimento em maio, nova edição do Spencer Stuart Board Index Brasil mostra práticas de governança de 186 empresas

  • 15/05/2020
  • Equipe IBGC
  • Portal do Conhecimento

Os salários dos conselheiros de administração de empresas brasileiras cresceram 27% no ano passado, na comparação com o ano anterior, segundo a quinta edição do Spencer Stuart Board Index Brasil, destaque do Portal do Conhecimento do IBGC em maio. A média mensal da remuneração foi de R$ 50.518, contra R$ 39.724 em 2018.

O Board Index Brasil é um estudo da consultoria Spencer Stuart que analisa aspectos de governança corporativa em conselhos de administração, incluindo temas como diversidade de gênero e origem entre seus membros, remuneração de conselheiros e avaliação externa dos conselhos. Em 2019, foram avaliadas 186 companhias listadas nos segmentos especiais da B3: Novo Mercado (141 empresas), Nível 2 (19) e Nível 1 (26).

O estudo apontou um aumento do número de comitês por empresa, dado interpretado pela consultoria como um avanço na atuação desses grupos. Eram 472 em 2019, uma média 2,5 por companhia, contra 453 comitês no ano anterior. Os comitês de Auditoria, por sua vez, foram os mais frequentes e vistos em 109 das empresas analisadas, representando 59% do total, ante 53% em 2018.

Além disso, no ano passado, 60% dos conselhos de administração das companhias ganharam pelo menos um novo membro, um avanço de 25% na renovação dos colegiados do país na comparação com 2018. No caso das mulheres, o aumento da participação em números absolutos foi de 156 em 2018 para 165 em 2019, um crescimento de 10,5%, apesar da baixa representatividade. As empresas com pelo menos uma mulher no conselho passaram de 46% para 53% no ano passado. Pela primeira vez esse quesito ultrapassou mais da metade das empresas avaliadas. 

Dados sobre a composição dos conselhos mostraram ainda que 611 dos membros eram independentes, 39% do total. Outros 9,2% eram estrangeiros, enquanto dois terços dos conselheiros tinham carreiras desenvolvidas principalmente em empresas do setor de serviços financeiros e industriais. Outro resultado do estudo que chama a atenção é a fraca avaliação externa dos conselhos. Apenas 19 das 186 empresas analisadas conduziram avaliações externas no período, cerca de 10% do total. A avaliação interna foi a mais adotada, representando 33% da base consultada.

Clique aqui para baixar o estudo na íntegra.

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