Transição para economia sustentável requer uma nova governança

Jornal francês "Le Monde" promoveu debate sobre como empresas devem agir para atingirem seus objetivos de sustentabilidade

  • 11/05/2021
  • Equipe IBGC
  • Pelo Mundo

Um coletivo de líderes empresariais, fundos de investimento e acadêmicos, incluindo o ex-Governador do Banco da Inglaterra Mervyn King, participaram, em abril deste ano, de um fórum promovido pelo jornal francês Le Monde, para discutir como as empresas podem realizar reformas para atingir seus objetivos de sustentabilidade. O grupo concluiu afirma que a transição necessária para uma economia sustentável requer, antes de tudo, uma nova governança corporativa.

Desta discussão, surgiu um artigo, publicado no jornal francês. O texto afirma que as empresas já estão empenhadas em abandonar o paradigma de gerar valor exclusivamente para os acionistas. E os conselhos de administração já têm liberdade suficiente para defenderem as questões de sustentabilidade nas empresas.

No entanto,  os padrões atuais de governança corporativa das empresas muitas vezes impedem os boards de implementar concretamente essas intenções. Até que os atuais padrões de governança corporativa sejam reformados para enfrentar esses desafios, haverá dificuldades no cumprimento efetivo das metas de sustentabilidade, dizem os autores.

Hora de agir

Segundo o artigo, a crise climática está se aproximando do ponto crítico: é hora de agir e a questão não é simplesmente que as empresas adotem uma estratégia verde ou publiquem relatórios sobre responsabilidade socioambiental. Mas que os sistemas de governança corporativa se concentrem neste tema de forma sistemática e primária, para que as empresas criem e preservem valor para si mesmas e para seus stakeholders.

O grupo finalizou o trabalho expressando apoio à Comissão Europeia, a fim de recolher propostas sobre governança corporativa sustentável. Em particular, quanto ao papel de fiscalização a ser exercido pelo conselho de administração, à obrigação de auditoria no estilo due diligence (baseado em estudo, análise e avaliação), bem como ao alinhamento da remuneração dos administradores e executivos com os objetivos de desenvolvimento sustentável.

O texto publicado no jornal francês recebeu o apoio de mais de 90 professores e especialistas, incluindo Bob Tricker e Robert G. Eccles (Universidade de Oxford), Gerald Davis (Universidade de Michigan), Ioannis Ioannou (London Business School), Armand Hatchuel (Mines ParisTech, PSL Research University), Blanche Segrestin (Mines ParisTech, PSL Research University) e Jean-Philippe Robé (advogado, Sciences Po Paris). 

Veja o do artigo original, em francês, do Le Monde clicando neste link

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