Por meio de uma série de artigos abordamos que, hoje, Diversidade, Inclusão e Equidade (DIE) podem ser consideradas um imperativo estratégico para as organizações e indicamos formas pelas quais a DIE pode vir a ser uma vantagem competitiva, que melhora o resultado financeiro de curto prazo e apoia o crescimento sustentável dos negócios no longo prazo.
Esta série de artigos foi desenvolvida pela
Comissão de Estratégia do IBGC, a partir da constatação do impacto estratégico da diversidade nas organizações e do recorrente questionamento a respeito disso. O grupo de estudo foi formado pelos membros: Deborah Patrícia Wright (coordenadora), Henri Vahdat, Maria Cecilia Andreucci Cury e Ricardo Mario Lamenza Alzogaray.
Os desafios da diversidade, muitas vezes, assustam os gestores e até a organização como um todo, já que os benefícios parecem abstratos ou distantes. Partindo das experiências profissionais e de diversas histórias de vida dos próprios integrantes do grupo, investigamos diferentes dimensões do tema que foram expressivamente enriquecidas com a leitura de artigos, livros, pesquisas e publicações de especialistas, consultorias, bancos de investimento e da academia.
Finalmente, submetemos as teorias ao crivo da realidade, por meio de entrevistas com profissionais de empresas de vanguarda que já estão fazendo a DIE acontecer nas suas organizações – etapa que consideramos a mais rica e produtiva do nosso trabalho.
Entendendo que a DIE é uma jornada, criamos no primeiro artigo uma narrativa que explora a linha do tempo da diversidade, sua tríade conceitual, as relações de DIE com estratégia, geração de valor econômico e saúde organizacional e discutimos, ao final, o papel do Conselho de Administração na articulação da agenda da diversidade, inclusão e equidade.
Já no segundo artigo, descrevemos como é possível ir das intenções às boas práticas organizacionais, iniciando com o mapeamento da diversidade e, na sequência, engajando a alta liderança, formulando políticas claras e transparentes, criando comitês e grupos de trabalho, implementando processos mais inclusivos e desenvolvendo programas de apoio às múltiplas diversidades da organização, dentre outros.
A integração e o avanço de talentos diversos nas organizações não são tópicos a serem tratados de maneira superficial. As empresas podem facilmente cair na armadilha do mal-entendido cultural e de diferentes “vieses” – a tendência de interpretar eventos à luz dos padrões esperados, atribuídos às pessoas de um determinado grupo minoritário. Ao contrário, o processo de integração de talentos diversos exige afinada orquestração e muita resiliência.
Diversidade e Inclusão fazem parte da
Agenda Positiva de Governança do IBGC e, nesta perspectiva, merecem uma atenção especial. Além disso, ganharam juntamente com o conceito de equidade mais relevância no discurso de líderes, em boa parte do mundo e em diferentes mercados.
Contudo, para deixar de ser apenas um conjunto de boas intenções, é preciso que se traduzam em práticas efetivas nas organizações. Para nós, foi importante identificar como o progresso e os resultados dos programas de DIE se tornam materiais estatisticamente quantificáveis para as organizações, ainda que essa correlação não se traduza, automaticamente, em maior lucro.
Como constatamos, as empresas comprometidas com uma liderança diversificada apresentam, muito frequentemente, uma maior probabilidade de serem mais sucedidas quando comparadas com seus pares.
Assim, convidamos todos a ler os dois primeiros artigos desta série: o primeiro titulado “Diversidade, inclusão e equidade: um imperativo estratégico às organizações” e o segundo “Diversidade: das Intenções às práticas organizacionais”.
Longe de representar um ponto de vista final sobre o tema, a série busca ser principalmente um chamado à reflexão e à discussão, debatendo como conselheiros de administração podem contribuir para o aprimoramento das estratégias corporativas e o avanço das culturas organizacionais, a partir da DIE, criando empresas mais longevas e uma sociedade melhor.
Não há mais como ignorar esse tema e deixar de discuti-lo com transparência e com a importância que merece, uma vez que ele já está na agenda de todos os conselhos e começa a fazer parte das estratégias de longo prazo das empresas, assim como das cartas e posicionamentos de grandes fundos de investimento. Clique nos links a seguir para ler os dois primeiros artigos que já estão disponíveis no Portal do Conhecimento do IBGC.
Boa leitura, boas reflexões e excelentes discussões!