Lançamento acontece com debate sobre o valor estratégico da sustentabilidade para as empresas brasileiras
Na próxima quarta-feira (28/10) as normas do Global Reporting Initiative (GRI) ganham sua versão oficial em português. "A complexidade que existe no mundo dos negócios precisa dar espaço para a troca e o conhecimento. E o acesso ao GRI em português só vai facilitar isso", comemora Glaucia Terreo, representante da GRI no Brasil. A tradução de 34 normas e mais os fundamentos, do GRI passou por revisores e levou quase um ano para ficar pronta,. Isso porque, como é uma norma oficial a GRI, os documentos precisavam ser traduzidos e aprovados pela divisão de normas do GRI da sede em Amsterdam
Organização internacional, que funciona com grupos de trabalho e representantes do mundo inteiro, o GRI nasceu em 1989 como uma ideia de complementar os relatórios financeiros das empresas com informações socioambientais. Em outras palavras, demonstrar quais os caminhos foram percorridos pelas empresas para se chegar a um determinado resultado financeiro. “É como ver além da ponta do iceberg. As empresas, em geral, mostram valores no relatório financeiro e os usam como avaliação de desempenho. Mas essa é uma visão incompleta", diz Glaucia.
Segundo a representante do GRI, o conteúdo em português vai deixar mais claro o entendimento de indicadores socioambientais padronizados globalmente . "O modo de trabalhar da GRI é pegar um assunto relacionado à sustentabilidade e transformá-lo em indicador", complementa Glaucia. A partir daí, as empresas podem medir e gerenciar seus negócios baseadas em critérios elaborados em conseso.
.Acessos no Brasil chegam a 5 mil
Desde o lançamento da norma em 2016, o GRI registrou 6.300 downloads de documentos em países cujo o idioma oficial é o português. Dentre este universo, 1.300 são de outros países lusófonos e 5 mil foram feitos por empresas no Brasil. No último levantamento feito em 2019, o número total de acessos únicos ao GRI foi de 186.448. Os indicam que o tema ambiente tem entrado cada vez mais no mainstream. Para Glaucia, o Brasil sendo um país cuja a base da economia é commodities, estar em linha com indicadores socioambientais é uma necessidade.
A representante do GRI no Brasil observa ainda que os parceiros comerciais cada vez mais preocupados com os conceitos de ASG (ambiente, sociedade e governança). "Entre os compradores de nossos produtos, há investidores que vão exigir informações cada vez mais claras sobre a origem destas commodities", observa Glaucia. Ela reitera que os países entenderam essa necessidade de observar outras perspectivas no processo de administração dos negócios.
O lançamento acontecerá via webinar aberto ao público na próxima quarta-feira (28/10) e o acesso ao evento pode ser feito clicando neste link.
Veja a programação completa do evento.
9:00 - 9:10 - Abertura e boas-vindas
Glaucia Terreo
Sonia Favaretto
9:10 - 10:30 - Debate sobre ESG, materialidade e condições para uma economia justa e sustentável
Moderadora - Asthildur Hjaltadottir - Chief Regional Officer at GRI
Painelistas
- Judy Kuszewski - Chief Executive at Sancroft
- Elaine Cohen - Managing Director at Beyond Business
- Nelmara Arbex - Chief Executive at Arbex&Co
10:30 - 10:45 – Intervalo
10:45 - 12:25- Transparência como pilar estratégico para os negócios
Kees van Rij - Embaixador do Reino dos Paises Baixos no Brasil
Marco van der Ree - Chief Development Officer at GRI
12:25 - 12:30 - FechamentRepresentante da FRI no